domingo, dezembro 12, 2004

Finalmente, um DEPUTADO à Assembleia Regional por Santa Maria!

Eis a primeira intervenção da Drª. Lúbélia Chaves, em plenário >>>

- Fundamentação;
- Argumentação;
-... há-de chegar o momento de reinvindicar a favor Santa Maria e , se necessário, enfrentar os seus correligionários.

Bem haja!

quinta-feira, novembro 11, 2004

Sondagens - Resultados - Acções!?

O Binóculo do Pico Alto realizou uma “mesa de voto” que funcionou como sondagem de ilha. Chegou à hora de comprovar a correcção dos seus resultados:
Na segunda questão, sobre quem seria o próximo presidente do Governo Regional, 25% escolheram Victor Cruz (a votação real foi de 25,52%) e 75% votaram Carlos César (a votação real foi de 68,68% - se somarmos os 3,94% da CDU = 72,62%).
Não houve outra sondagem com valores tão próximos do que veio a acontecer!
Pela correcção destes dados, é legítimo concluir que os valores da votação na primeira questão dessa mesma “mesa de voto” estão conforme a vontade democrática dos marienses. Ou seja:
Questão 1
Tudo indica que o Sr. Alberto Costa será eleito deputado à ALRA nestas eleições de 17 de Outubro. Na sua opinião, qual deve ser a atitude do actual Presidente da CMVP?
- Interromper o seu mandato como Presidente da CMVP para assumir o seu lugar de deputado na ALRA; - 90% -
- Manter-se como Presidente da CMVP até ao final do mandato (Outubro 2005), deixando o lugar de cabeça de lista à assembleia para o nº 2. - 10% -

Acção!

domingo, setembro 19, 2004

Sugestão:

www.azoresairphotos.com

Página de Fotos de aviões em santa maria, terceira e são miguel.
Sede em santa Maria

Bem haja quem Observa e regista!

domingo, agosto 22, 2004

Novo Blog Mariense...
SantaMariaOFarOeste

terça-feira, agosto 10, 2004

TV - canais nacionais nos Açores

De: "Mário Melo"
Para:
Data/Hora: 09/08/2004 12:03
Assunto:


Pelo que sei, a Madeira até ao fim do ano terá os quatro canais nacionais de TV em regime aberto, isto é miguem pagará para os poder ver, consequência do sucesso das negociações entre os governos regional e da republica; quanto aos Açores e porque o Governo Regional, segundo parece, mantém exigências absurdas, não iremos ter o mesmo tratamento pelo que mais uma vez seremos discriminados, agora com a agravante de ser uma consequência de actos tomados pelo nosso Governo Regional. Já é tempo de se olhar mais pelas pessoas e menos para as politiquices.

quarta-feira, julho 28, 2004

... mais Correio...

De: "José Maria Aguiar"
Para: binoculo@clix.pt
Data/Hora: 26/07/2004 03:23
Assunto: Participar


PARTICIPAR PARA QUÊ?
TENHAM VERGONHA, VOCÊS AINDA ESTÃO A 21 DE JULHO
PALHAÇADA NÉ?... XHAU ATÉ SEMPE


Correio...

De: "José Maria Aguiar"
Para: binoculo@clix.pt
Data/Hora: 24/07/2004 02:25
Assunto: Participar


Então.. Snrs do binoculo?
Quem observa, naturalmente vê, certo?
Como se compreende que voçês deixem passar de animo leve, a roubalheira que existe no novo estabelecimento em cima da rocha?
Será por ser rock? sem rio claro. ou será que (porventura é algum PUB de Luxo?) valha-nos Deus.

Que condiçoes existem para preços tão elevados a ponto de se dizer que é um hotel de luxo?
Como se compreende que às 22h30, permaneçam crianças com idades inferirores a 10 anos, não no seu interior, mas nas escadas de acesso?

Meus amigos, se não vir esta minha mensagem no binoculo, ficarei com a certeza que a corrupção existe.
Queremos ter condições para recebermos os nossos visitantes, mas, assim, não dá de forma alguma.

Será necessário recorrer à DECO para por termo a este tipo de situaçôes?

Bam haja quem observa
Estou atento



quinta-feira, junho 17, 2004

Para os mais isolados e esquecidos...
Futebol sim. Informação não!
O que me traz de volta a este espaço?
Hoje jogaram Croácia e França, no Euro 2004. Tal como ontem, jogos entre equipas não portuguesas a serem transmitidos pela TVi e, vejam lá, pela RTP Açores.
A RTP-A está a transmitir em directo alguns jogos (senão todos!?) que não são transmitidos pela RTP-1 a pensar naqueles que, VERGONHOSAMENTE, apenas dispõem do Canal 1 da RTP e da RTP-A e a quem nem a RTP-2 - bastião da televisão de qualidade paga por todos nós -lhes é facultada. Isto depois de 50 anos de história televisiva em Portugal e de já há mais de 10 anos haver 4 canais televisivos neste "país". Actualmente, com todas as multiplicações desses canais, já são perto da dezena!(10)!
Mas, eu estava a falar era da transmissão do futebol pela RTP-A...
Com esse erro crasso de manter alguns açorianos na "escuridão" para dar a mamadeira cheia a uma dúzia de marmanjos, há que tapar uns buracos. Assim, a direcção da nossa RTP (embriegada de futebol, apesar do desaire Santa Clara) foi levada a transmitir os jogos para aqueles "infelizes" que não têm TV Cabo (via satélite ou por cabo). Como que maravilhada pelos dotes comunicativos (e pelos vistos, persuasivos) de um comentador desportivo, decidiu abdicar do serviço público que é o Telejornal nacional para difundir jogos de duvidoso interresse.
O referido comentador desportivo que vem fazendo carreira a "chupar" dinheiros públicos quer através do Santa Clara, de quem foi/é Director de Comunicação, quer agora via RTP-A, "até tem jeito para a coisa", ao contrário do seu colega (efectivo RTP). Mas, mais jeito terá para persuadir: conseguiu convencer um "clubezinho" como o Santa Clara que era fundamental um Director de Comunicação e agora a RTP, do já explicado. Tiro-lhe o chapéu.
Tudo isto se torna mais revoltante quando, a exemplo de muitas muitas muitas outras situações, há eventos de alguma importantância como foram a Feira de Actividades Económicas e o Raid Todo-o-Terreno em Santa Maria que não têm a devida cobertura televisiva devido a alegada redução de custos na RTP-A. Exemplo: neste passado fim-de-semana, apenas um cameraman foi enviado a Santa Maria para gravar imagens que foram comentadas à distância e diluidas pelos Telejornais da semana, como que "notícias a encher chouriços". Por outro lado, dou os meus parabéns ao trabalho da Delegação da Terceira pelo trabalho na Feira da Técnologia, em São Jorge.
... Tanta conversa e continuam duas questões...
Até quando - até onde deve ir a emissão de todos os canais nacionais? Ou seja, até onde também é Portugal?
Como é que (re)afirmamos a nossa nação-Açores utilizando esse magnífico instrumento que é a televisão?
Observe as Observações e observe

"A pedido de muitas familias", o Olhómetro disponibiliza um serviço de comentários. Aceitará também qualquer utilizador/blogger que queira assinar este espaço, desde o "Crsistiano Passos Dias Olhando" até à "Frente de Libertação Mariense".
Fazêmo-lo com vista a fomentar o debate e na convicção de que a importância dos assuntos aqui trazidos está no conteúdo destes, não em quem lhes empresta a voz/palavras.
Bem haja quem Observa!

sábado, maio 29, 2004

Preguiça ?

Post muito inteligente e certo, feito pelo “ Sniper” sobre a questão da exportação de carne de qualidade a partir de Santa Maria. A falta de vontade política (da direita à esquerda) em resolver de forma séria esta questão é mais um exemplo da leveza com que a maior parte dos assuntos são tratados na terra açoriana. Existe, criou-se, solidificou-se ao longo de muitos anos uma cultura de desmazelo, de falta de rigor, «do deixa andar».

Acrescento ainda que a procura de carne «biológica» (onde vivo na América profunda chamam-lhe obviamente «organic»...) está em crescimento, sendo uma das apostas mais certas nos mercados internacionais. Não tenho a certeza mas acho que os mercados de futuros já terão tal componente devidamente quantificada para a América do Norte...

Durante anos pensei que uma das causas do atraso económico mariense (açoriano!) resultava de má vontade, incompetência, ignorância, hoje estou convencido que é sobretudo preguiça e falta de atenção, preparação para o que é simples e correcto!

António João Correia

sexta-feira, maio 07, 2004

Bom dia.
Escrevo este post com tristeza.
Tive ausente devido a férias, e quando cá cheguei deparei-me com uma noticia tragica e muito triste.
Mais um acidente na "curva da morte" e mais um jovem mariense que perdeu a vida nela, estando outros dois em mau estado. É triste vermos isto acontecer várias vezes e no mesmo local. Não haverá uma solução para alterar a curva de modo a que fique mais segura ? É verdade que se andarmos mais devagar a curva não é perigosa, até certo ponto.
´No meu ponto de vista é um caso a analisar pelas pessoas competentes no ramo. Sai caro alterar a estrada~? Sim, é normal que seja caro, mas irá talvez poupar mais vidas e, se assim for, pudemos sempre alterar o "nome" da curva para "curva da segurança".
Ainda ontem uma pessoa me disse: " Devia colocar-se lá uma placa grande, não a dizer CUIDADO, mas sim a dizer AQUI JÁ MORRERAM 12". Dá que pensar...
Bem hajam.

domingo, abril 25, 2004

De: "sniper amadeuleitefurtado" - amadeuleitefurtado@hotmail.com
Para: binoculo@clix.pt
Data/Hora: 25/04/2004 19:35
Assunto: Celebrar Abril

Celebrar Abril
A revolução veio responsabilizar-nos pela construção de um futuro melhor.
Ontem, num acidente de viação no Lugar de Pedras de São Pedro-Vila do Porto, houve sofrimento, houve morte, não houve 25 de Abril!
Os militares não sairam dos quartéis, a população ficou em casa, os cravos não cobriram os tapa-chamas da G3 e perdeu-se o destino mais uma vez!

Que desperdício de vida, que desperdício de futuro!

Já vi morte suficiente nas estradas de Santa Maria para questionar-me sobre o significado do acontecimento que festejamos pelo 30º ano.

Temo celebrarmos o egoísmo, a indiferença e, sobretudo, a irresponsabilidade. É um péssimo tributo à revolução!

Não participei no 25 de Abril de 1974, mas gostaria de participar no 25 de Abril de 2004 e peço-vos ajuda!

Participem com opiniões, idéias, soluções, para melhorar as condições de segurança na estrada do Lugar de Pedras de São Pedro, afim de evitar mais sofrimento e mais mortes.

A colocação de lombas, previamente sinalizadas, no sentido N/S, antes da curva, após a bomba de gasolina da galp; elevação do ângulo exterior da curva, para que essa se faça para dentro de modo a impedir perda de tracção
da viatura, são algumas idéias.

O 25 de Abril não devia ter 30 anos, devia ser todos os dias, porque o futuro constrói-se dia a dia, com o contributo de todos!

Vamos participar no 25 de abril de 2004 e no 26 de Abril e no 27 e no 28 e...

Vamos assumir a obrigação que nos legaram e neste caso, impedir a perda de mais vidas!

Proponho-vos, assim, em Santa Maria, celebrar Abril!


sábado, abril 24, 2004

25 de Abril

Tinha seis anos e no dia 24 de Abril de 1974 viajava de Bóston, Estados Unidos para a ilha Terceira, Açores. Aqui, 25 de Abril, deveria partir logo de manhã para a ilha de Santa Maria onde residia, mas o voo foi cancelado. Ao contrário do Baptista Bastos passei a revolução a dez mil metros de altitude e a ver filmes num velho Boeing 707. Não me lembro de ter chegado a Santa Maria, mas recordo não muito tempo depois a discussão no Café Mascote entre António, Conceição, Mário Fernandes, Raposo Marques e o padre Jacinto (os meus intelectuais favoritos em Vila do Porto).

Em Santa Maria sabia-se quem era do regime (quase todos) e os que sempre resistiram. A democracia foi-se fazendo à escala do desejo de uma ilha perdida. Para mim António e Conceição fizeram o PS (Conceição conhecia Zenha de Coimbra), Liberal fez o PPD, Violante o MES e Sofia apaixonou-se perdidamente por Sá Carneiro. Eu estava com a malta do Otelo por razões afectivas mas foi dedicação nunca correspondida (ainda que Otelo fosse um pouco revisionista...). Meses depois, em Lisboa, comprei o livro vermelho do educador Mao para mandar para um tio na América.

Muitas pessoas começaram, como que uma epidemia, a fazer yoga em Santa Maria. Partiu-se o muro que separava a antiga parte masculina da parte feminina da escola primária de Vila do Porto. A alimentação “macrobiótica” estava na moda. O restaurante do aeroporto continuava a ter um estranho pudim de pão. Uma “água-viva” (alforreca) atacou-me em São Lourenço. Eu ia "à missa" do padre Serafim, que para além de poeta genial, era meu primo.

No 1 de Maio de 1974 fui ao cinema do aeroporto, em Santa Maria. Conceição fez um discurso que Sofia jurou ter sido escrito por António...Que discurso! Até conseguiu elogiar, com justiça, o professor de direito Marcelo Caetano enquanto enaltecia a revolução que tinha lutado contra a decomposição da pátria.
António João Correia

segunda-feira, abril 12, 2004

Um Blog Mariese

"Este é mais um blog mariense na blogosfera. O objectivo deste blog é basicamente o mesmo objectivo dos "nossos" outros blogs marienses, criticar construtivamente, dar a conheçer e uma troca de ideias se possivel entre todos.

Chamo-me José Chaves, mail zechaves@mail.pt e este é o meu Blog.

# posted by José : 1:20 AM"

Visite este novo BlogMariense

quarta-feira, abril 07, 2004

Saudosismos say:
Tou a ficar com saudades do binóculo ANTIGO.
Daquele em que de forma por vezes delelegante se debatiam os problemas do nosso burgo.
Isto de possibilitar a todos a utilização de novas formas de expressão, como os blog's também tem desvantagens.
Começamos todos a olhar sómente para o nosso próprio umbigo, ficando mais preocupados com os comentários que nos mandam, do que com utilizar a 'ferramenta' com objectivos mais socialmente 'utilizáveis'.
Arrebitemos todos.

segunda-feira, março 29, 2004

Porque o objectivo primeiro do OLHÓMETRO é ser uma espécie de consciencia escondida que de quando em vez nos sussura ao ouvido que não há que ter pejo em bradar em altos berros aquilo que nos passa pela carola, hoje trago-vos uma rara mas boa noticia.
As Anas (Costa e Carreiro), ficaram em 4º lugar, no festival da canção infantil que decorreu na Povoação no passado sábado.
Parabéns ás lindissimas representantes de Santa Maria, extensivos aos babados papás.
As miudas tem mesmo jeito, acreditem, estavam afinadissimas e cheias de 'speed'.
Fomos na minha opinião óptimamente representados.
Podem ouvir a actuação pelas 17:15' de hoje, 29-03-2004, em 103.2 FM.
Já agora não percam a transmissão integral do festival no próximo dia 11 de Abril, dia de Páscoa, aí pela hora do almoço, será certamente uma óptima sobremesa.
Mais uma vez parabéns e bjks do:
Ricardo

domingo, março 28, 2004

Amarelo mental / corada artificialmente

Sobre o post anterior, também de um António de Santa Maria, não resisto escrever que nunca percebi a influência «de sucesso» de Raul Brandão nestes Açores. Das ilhas desconhecidas a pinturas literárias cinzentas, criaram-se mitos de ilhas lusitanas, coradas artificialmente como a laranjada , «clichés» coloniais, arautos de ilhas virgens, certamente com utilidade contemporânea para turista ignorante em versão «pacote de férias de 7 dias com tudo incluído»; não esquecer ainda, o drama da imposição ditatorial do Capote e Capelo em grupos ditos folclóricos como política oficial.
Vinte valores para o post anterior. E se alguém quiser começar o movimento de resistência pela restauração da verdadeira coloração da melhor ilha do mundo, podem escrever o meu nome. Ilha amarela nunca!
António João Correia

sábado, março 27, 2004

Santa Maria: - Não me chamem amarela!!!!!
Essa coisa de me chamarem de “ilha amarela” tem-me dado a volta às tripas. Não é obra de um Mariense, de certeza. Já vem de há muito tempo, mas agora basta! Não aguento mais: não tenho cara de bufa nem de chinoca… e “japoneses” são aqui os vizinhos mais a norte.
Tudo começou quando me apareceu aqui um escritor que queria ser pintor:
1924. 10 de Junho. Passou aqui o dia, subiu-me o Pico Alto e depois teve de apanhar o navio para conhecer as outras ilhas. E lá foi ele a todo o vapor… Poucas horas esteve comigo mas, mesmo assim, nunca me chamou de amarela. Muito pelo contrário – de mim escreveu as palavras mais belas. Cá prá’gente, eu até gosto de alguns tons de amarelo, mas, às vezes, pintam-me com cada um!
Bem! Mas depois ninguém ligou a esse livro que o meu amigo Raul Brandão escreveu sob o título de “As Ilhas Desconhecidas” e que editou em 1926. Só no Estado Novo, com as primeiras políticas de turismo nos Açores é que esse livro veio à baila. Alguns senhores terão gostado da cor que o Raul deu à sua ilha (tipo: azul, verde, lilás) e, então, acharam que todas as ilhas tinham que ter uma cor. Muito lindo, mas… Amarelo!! Meus senhores: Onde é que foram ver isso no livro do Raul Brandão? Ah! Não foi só no livro… foi com os seus próprios olhos!?
Ah! Suas cabeças de pedra mais dura que o meu basalto e mais podres que os meus fósseis !!
DOIRADA! Meus senhores… DOIRADA! D O I R A D A !!!

[o excerto de Brandão, Raul – “As Ilhas Desconhecidas - Notas e paisagens”, Lisboa, 1926 que descreve Santa Maria está disponível abaixo deste mesmo “post” no blog Azormonteiro.
Pode consultar o livro completo aqui]

sexta-feira, março 26, 2004

Amanhã, sábado, vai realizar-se na Vila da Povoação mais uma edição da Gala Regional de Pequenos Cantores, Caravela de Ouro.
Santa Maria estará representada por uma dupla de Anas, a saber Costa e Carreiro.
Portem-se bem meninas e vejam lá se nos trazem a Caravela.
Fora de brincadeiras, boa sorte e que ganhe o(a) melhor.
Bjks.

sábado, março 20, 2004

A propósito da Crónica do Dia, quero aqui expressar o meu agrado e satisfação pela forma como a emissão do Asas tem vindo a crescer na qualidade. Naturalmente que isso reflecte-se nas audiências que tem vindo a crescer de dia para dia de uma forma notória. Tem-se notado um grande esforço na elaboração de um grelha de programas variada e uma forte aposta na informação, destacando-se um crescente empenho na informação local e regional a par de uma melhoria significativa de conteúdos na programação. A crónica do dia é disso um exemplo .
Evidentemente que para tudo isso muito tem contribuído o esforço e dedicação dos funcionários e colaboradores, bem como de todo o elenco directivo do Clube Asas do Atlântico.
Quero no entanto deixar uma palavra de apreço ao excelente trabalho do Ricardo Botelho como responsável pela Estação Emissora e pela dedicação e paixão que nutre, desde sempre, pela rádio.
Os resultados estão à vista provando que com esforço e dedicação se poderá chegar sempre mais além.
É caso para se dizer que : quem sabe, nunca esqueçe.
Bem haja por isso.
Escola Primária de Vila do Porto* «Rocks»!

Aos fins-de-semana leio «blogs» com exagero; como transitoriamente e nos últimos dois anos resido no estrangeiro, neste Oceano Pacífico sem fim, as notícias da minha ilha preferida têm um sabor especial, numa melancolia previsível. E, comparando, com a obsessão portuguesa em «blogar», e bem, por tudo e quase nada, reparo que a maior parte dos «blogs» que têm Santa Maria em mente estão bem escritos; isto é, as pessoas que aprenderam a escrever na escola primária de Vila do Porto não esqueceram. Sem modéstia, apetece-me voltar aos bancos da escola de um tempo onde o destino seria quase tudo, até a libertação dos sonhos. Bem sei que Santa Maria mudou (nem sempre para melhor), bem sei que todos nós mudamos, mas fico feliz por perceber que algures entre a nostalgia e a saudade de um tempo, ficam estes testemunhos da ilha, sobre a ilha de todos os dias. Como se diz na minha rua da América profunda: “Escola Primária de Vila do Porto «Rocks»!”.
António João Correia


* Aluno entre 1973-1977 (1ª Classe – 4ª Classe)

sexta-feira, março 19, 2004

"A Crónica do dia" feita blog
Surgiu o blog A Crónica do dia que, pelos seus participantes e pela sua periodicidade, promete ser um excelente espaço de (re)lançamento de temas para debate na Blogosfera e noutras esferas.
Para comemorar este nascimento actualizámos a lista de links dos blogs Autóctones.
Bem haja quem Observa!

sábado, fevereiro 28, 2004

Revelação banal sobre o lixo de Santa Maria

Como já passaram vários anos aqui vai um modesto exemplo de como se fazem as coisas em Santa Maria e nos Açores.

No Carnaval do ano 1999 estive em Santa Maria durante um fim-de-semana prolongado com a minha esposa, filha e vários amigos estrangeiros que não conheciam a melhor ilha do mundo. Como sempre na minha terra, ando desaparecido em busca de locais míticos – diria poéticos – que imagino terem sido feitos, apenas, para satisfazerem o meu ego de mariense envaidecido. Numa dessas «caminhadas» atravessamos o espaço que vai do Barreiro da Faneca para as antigas instalações do Polígono de Acústica Submarina; depois fizemos o velho caminho em direcção ao terminal do aeroporto. Conhecia a área desde sempre (minha avó tinha umas terras na Faneca e lá brinquei em criança) pelo que não estava preparado para o que vi: lixo urbano vergonhosamente a céu aberto, sucatas antigas de várias negligências, milhares de garrafas de vidro vazias, cadáveres de animais e toda a porcaria (muita dela recente) que se possa imaginar.

Como não gosto mesmo nada do senhor Presidente da Câmara Municipal de Vila do Porto, arranjei logo um culpado e dei a minha sentença; só que arranjar um evidente acusado de desleixo político não me resolvia o problema e deixava tudo na mesma.

Na altura exercia também funções de assessor jurídico do senhor Presidente do Governo e posso dizer que todas as pessoas que falei sobre o assunto (e foram tantas!) deram-me razão e prometeram agir, de imediato. Elaborei ainda nas minhas horas privadas um levantamento de toda a legislação e doutrina relevantes, designadamente nas vertentes comunitárias e da responsabilidade civil e criminal por danos ambientais. Como seria de esperar nada aconteceu. Nada, fosse pela habitual preguiça, fosse para proteger incúrias de outros, fosse para prolongar o estilo que faz sucesso na nossa terra; ou seja, o habitual nestes nossos Açores onde ninguém assume nada, onde as convicções e a defesa dos interesses das populações são para muitos políticos, um aparente bordel.

E, então, passemos a uma banal acção directa: fotografamos tudo e decidimos publicar no Açoriano Oriental, que na altura deu relevo de primeira página pois tinha um Director sério e não corrupto... Recordo que fizeram até vários artigos com as fotografias que eu e vários amigos tiramos...

Não sendo a solução perfeita, acabou por sentar à mesa vários dos alegados responsáveis e, ainda que com manifestas deficiências, fez-se alguma coisa. Isto é, sem a publicação das fotografias sobre a nojeira dos lixos em Santa Maria, estaríamos ainda no território profundo das promessas.
Como disse um amiga minha, «foi o medo que os levou a agir, pois...»
António João Correia
A teoria do abandono?

Santa Maria tem um fascínio pelo abandono. Da coroa portuguesa que a deixou durante séculos entregue a piratas e beatos agoniados, de uma república excitada que ignorou quase tudo, de um salazarismo avarento, de um «mota amaralismo» interesseiro, impotente e mais recentemente de um (pseudo) socialismo pedante, etilizado e muitas vezes ignorante.

De promessa em promessa a ilha foi-se fazendo por ela própria; por vezes com mercenários apaixonados outras com corajosos que optaram pela afectividade em detrimento de uma salvação miraculosa.

Não restam dúvidas: é da sua população que terá de partir qualquer esperança solidificada num fundamento de desenvolvimento. O Messias vindo do exterior, seja na forma do comprador de urzela ou pastel, intermediário de laranjas para a Inglaterra, barco baleeiro com mão de obra barata para a América, comparador de bolas de barro, fazedor de aeroportos, zonas francas, estudos milionários sobre nada e foguetões para Marte terá sempre lugar na criação do adiamento. Adiamento possível, sedutor, mas ainda assim, contributo sagrado para a possibilidade permanente do abandono.

Não que a utopia seja irrelevante para Santa Maria, mas também é preciso aplicar as possibilidades do concreto, aquilo que se chamará o fascínio da simplicidade. Mas é da ilha que terá de partir o renascimento de todas as potencialidades.

Os outros – e nunca faltaram outros em Santa Maria – podem ajudar ou dificultar mas a iniciativa tem de partir da ilha, de uma génese que não se deixe abater pelas aparentes facilidades do nada se fazer. O fascínio do abandono tem de ser
ficção.
António João Correia

sábado, fevereiro 14, 2004

Encontros

Na sequência do post anterior, O Binóculo do Pico Alto recebeu em binoculo@clix.pt o seguinte mail:

Nome=Renato Azevedo Pereira
Email=razevedop@terra.com.be
comentário=Caros Senhores do Binóculo: No dia 10 p/passado, deixei aqui uma
mensagem solicitando ajuda para localizar uma prima residente em Santa Maria.
Hoje, 13/02/04, recebi mensagem de sua filha Teresa me dando notícias e a sua
morada. Obrigado, muito obrigado ! Renato

Bem hajam!

terça-feira, fevereiro 10, 2004

Olhómetro - "ponto de encontro"

O Binóculo do Pico Alto recebeu em binoculo@clix.pt o seguinte mail:

Nome=Renato Azevedo Pereira
Email=razevedop@terra.com.br
comentário=Sou natural do Capelo, Faial. Estou no Brasil desde 1955. Tenho uma
prima, nascida AIDA PEREIRA, que reside em Santa Maria. Gostaria muito de
manter contato. Agradeço ajuda. Renato

Bem hajam!

domingo, fevereiro 08, 2004

Do melhor de Santa Maria

Li o «post» anterior do "foguetabraze" e pensei no seguinte: não seria o Max, um dos símbolos reais de Santa Maria, da qualidade da cultura que temos, um excelente candidato a representar politicamente o melhor que Santa Maria tem. Imaginem o Max em Presidente da Câmara de Vila do Porto ou deputado pela ilha. Não acham que Santa Maria seria a mais beneficiada? Não acham que se inverteria uma letargia aguda que tomou conta da verdade mariense ? Assino onde desejarem ( escrevo por iniciativa e responsabilidade próprias ignorando o quer que seja).
António João Correia

domingo, fevereiro 01, 2004

Gastronomia de Santa Maria (que é difícil encontrar em Santa Maria !)

Papas de gófe (gófio)
Açorda Azeda
Caldo de Nabos
Couves com bolo na panela
Cavala à Sacristão
Cherne frito de vinha de alhos
Garoupa recheada
Empadão de lapas
Caçoilha
Carneiro à miguelista
Coelho de molho de vilão
Esparregado de nabos
Torresmos de lombo
Molhos
Biscoito de orelhas
Bolos de esperança
Coscorões
Cavacas
Doce de capucho
etc., etc...

A única recolha que conheço é a de Augusto Gomes (Edição da Direcção Regional da Cultura, 1998) mas acho que existe material para provar o que defendo (em minoria): a gastronomia de Santa Maria é a mais original dos Açores e uma das melhores da Europa.

domingo, janeiro 25, 2004

Livros sobre Santa Maria

Quem lida comigo numa base diária, sabe da obsessão sobre Santa Maria. A propósito de tudo e de nada lá encontro um exemplo que tem de se relacionar com a ilha mariense. Talvez para me calarem, «de vez em quando», lá me pedem um livro com informação ou com «coisas» sobre Santa Maria...Nunca sei muito bem o que recomendar e por vezes - quase sempre - não existem traduções.

Gosto muito do livro(s) do saudoso padre Jacinto Monteiro, tenho uma admiração profunda pelos livros de Jaime de Figueiredo e leio sempre com muito prazer o que o senhor Adriano Ferreira tem publicado. Agora, pergunto, não estará na altura ( e se já existir tenho de assumir ignorância tonta) a publicação actualizada de uma colecção de autores de Santa Maria ou que se tenham relacionado com Santa Maria ? Para além dos autores que citei, sugiro as obras poéticas dos senhores padres Serafim de Chaves, Lopes e da extraordinária Madalena Férin ( existem muitos mais obviamente).

E claro, faltará a publicação de uma história contemporânea de Santa Maria, provavelmente a parte mais expressiva da história açoriana da primeira metade do século XX, etc, etc. Reduzir a história de Santa Maria a umas páginas de guia para turistas é quase anedótico...

Uma das vantagens deste e outros «blogs» sobre Santa Maria poderá ser ainda o «arquivar» uma memória da ilha . Por outras palavras, depositar e criar neste mundo dito virtual também os livros sobre Santa Maria que faltam ou não estão disponíveis no mundo «físico».

Concordo totalmente com a excelente ideia do Ricardo sobre a antiga fábrica. É na cultura que Santa Maria se distingue!
António João Correia

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Conversa

Depois de ler o «post» do "fogotabrase" sobre as ligações aéreas entre Santa Maria e Lisboa, gostaria de dizer o seguinte, em repetição do que escrevi em alguns jornais:

a) A vontade política do Governo Regional ( deste e anteriores) no progresso de Santa Maria foi sempre putativa, sendo um tema para alegrar sessões de esclarecimento e vagos programas eleitorais; Santa Maria não pesa no «xadrez» da política regional e apenas tem direito a migalhas, muitas vezes como esmolas;
b) Bastava uma decisão. Política, mas era uma decisão que fazia e faz sentido para as ligações directas com o exterior da Região, também a partir de Santa Maria ( que é quem tem mais história nesta matéria);
c) Os legítimos representantes da ilha aparentam não ter qualquer tipo de influência; invisíveis, certamente com boas intenções, mas sem resultados. Anos e anos assim.
d) Este Secretário da Economia, com o apreço pessoal que tenho por ele, pura e simplesmente é uma nulidade política. Ninguém pode fazer caso das suas decisões políticas, pois não existem. Não faz nada. Mais do que ridícula é uma real tristeza.
e) Os marienses, os marienses que vivem a sua ilha, independentemente dos partidos, organizações, ideologias têm de se unificar naquilo que mais importa. Só com uma voz organizada e credível é que terão alguma coisa. Se ficarem esperando pelos políticos, bem, é melhor que fiquem sentados.
António João Correia

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Aqui está a primeira proposta, vinda da Velha Maluca, em resposta ao desafio lançado. Em minha opinião, superou as melhores expectativas, pelo que, a fasquia está colocada bem alta.
Agora é só continuarem e pôr a imaginação a trabalhar.
Claro que no final para reclamar o prémio será necessário o bloguista se identificar, como é evidente.

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Não sei se é por ter sido fim de semana, ou se a preguiça atacou os bloguistas marienses esta última semana.
Para marcar o "ponto" aqui no Olhometro, aqui ficam mais duas sugestões para GT. Do Karolas, lembram-se?
Pois é, segundo a mentora do projecto Karolas, Mitó, aqui ficam mais duas hípoteses:
"Também pode ser Grande Treta se a coisa não correr bem ou Grande Teta se começar a dar lucros .... enfim GT é como a vodafone ... dá para tudo ....."
Lanço aqui um desafio em jeito de concurso: Aceitam-se propostas para as iniciais GT. O Prémio será uma entrada grátis para a "revista".
Aqui fica a proposta.

sábado, janeiro 17, 2004

Boas notícias

Uma boa notícia o regresso do teatro a Santa Maria! Com grandes tradições, era através do teatro que o nosso povo se divertia até ao aparecimento de «coisas» mais modernas como o cinema, que terá começado, salvo erro, em «cima-da-rocha» antes dos anos quarenta.
Seria importante que se fizesse uma recolha dos textos e músicas que eram utilizados ( e escritos), nomeadamente aqueles que tinham origem numa riquíssima tradição oral, talvez anterior ao século XIX.
Acredito que é na cultura que Santa Maria pode e deve fazer a diferença. O fenómeno da imitação por baixo, seguindo a moda «pimba» que reina nestes Açores não serve Santa Maria.

Só agora li o "Baluarte" de Dezembro ( viver transitoriamente no Oceano Pacífico tem destas coisas). A coisa melhorou. Dizem-me os meus «informadores» que o número de Novembro era reforçado na tendência devido a uma visita do Governo Regional. O pragmatismo mariense...Até nos alegados defeitos apetece abraçar Santa Maria.

Resistir
Estava curioso, mas elucidaram-me.
Já o ET tinha referido, aqui mesmo no Olhometro, aquilo que eu também calculei que fosse.
Mas, aqui vaí o esclarecimento recebido por e-mail da mentora do projecto Karola.GT:
"Boa pergunta ..... GT significa Grupo Teatro mas também serve para Gente Teimosa, Grande Trabalho ( no sentido de volume). E mais não disse porque de momento não me alembrei . Obrigado pela publicidade. "
Mitó
E eu acrescento e sugiro: Grandes Talentos!
Nesta minhas deambulações pela Blogosfera, acabei por ir parar a uma página, deveras interessante.
Trata-se de um inquérito sobre blogs e bloguistas, realizado por uma estudante de Doutoramento do prestigiante MIT. O inquerito, realizado on-line, constituirá a base do trabalho a apresentar .
Dado o crescente fenomeno dos Blogs, será de todo o interesse podermos contribuir desta forma para o seu estudo. No final do inquérito, há a possibilidade de solicitar o envio dos resultados desse estudo, o qual será também interessante.


quinta-feira, janeiro 15, 2004

"Foi criado oficialmente, e na sequência da revista È DE GRITOS , no dia 10 do corrente, o Grupo de Teatro Karolas.GT , que integra o núcleo cultural do Clube Ana . Já estamos a trabalhar no próximo espectáculo e também já temos uma pequena digressão agendada. Portanto, esperemos que o Teatro renasça com força na nossa Ilha."
Excelente inicíativa, que desde já se sauda com votos de grandes sucessos.
Há, porém, uma coisa que me está a deixar curioso. Karolas, sabemos o que são e quem são, mas o que significa "GT"?
Elucidem-me, para podermos partilhar aqui, na Blogosfera.
Botafaladura

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Santa Maria ou a concepção poética do abandono

Santa Maria também é moldada por mitos que ainda não conseguiu, ou não desejou, abandonar: o mito do aeroporto, como factor de progresso e riqueza; o mito da emigração, como exemplo de liberdade, oportunidade e independência económicas; o mito do poder político como Messias.
O aeroporto colonizou a ilha, obrigando a perceber que as fronteiras de uma certa ideia de modernidade poderiam ser abertas. Durante dezenas de anos foi o expoente da verdade mariense sobre o futuro. Qualquer destino só poderia passar pelo aeroporto. Criou-se a típica dependência, dolorosa, tendo em conta que as alternativas nunca foram sérias.
O mito da emigração mariense é muito antigo, violentamente anterior ao século XIX. Do Brasil à corrida do ouro na Califórnia, é no sonho da partida que se realizará a construção de uma liberdade de acção, a oportunidade de fugir ao destino e a utopia de voltar um dia. Assistir a um império em Hudson, diz-nos mais sobre a verdade poética de Santa Maria do que qualquer amante apaixonada.
O poder político se é confuso sobre Santa Maria, estranho com as suas gentes, quase sempre mal preparado, foi gerindo alvoroços, tentando imitar o fenómeno português da cultura do desmazelo. Também aqui se inventou uma subordinação, novos expedientes de adiamento, pecado com misérias e glórias pouco claras.
Ilustres marienses: o que falta para se cumprir Santa Maria?
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segunda-feira, janeiro 12, 2004

Política partidária

Não concordo totalmente com o interessante «post» do Paulo Henrique sobre o notável desempenho da Câmara Municipal de Vila do Porto. O facto de só agora começarem é um acontecimento que merece festejos e até a contratação de algum estudo internacional, uma festa com algum cantor «pimba», uma sessão contínua de auto galanteios. É que habitualmente a lentidão dura anos, anos e anos.
Para mim será sinal de outra coisa: as lutas fratricidas para os lugares de deputado do PS por Santa Maria regressaram às análises da política local. Percebe-se, pois, que existe a ambição legítima de uma(s) transferência da Câmara para o lugar elegível de deputado. É que a Câmara ainda dá algum trabalho(?) e responsabilidade. Como deputado, basta ir receber o salário e a «justa» reforma.
O velho caciquismo do século XIX português, tem na política mariense, um campo de amizade exemplar!
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domingo, janeiro 11, 2004

Criminosos na estrada

Como no mundo bloguista mariense existe uma certa apreensão para a fiscalização que se faz nas estradas da ilha, aqui fica o meu contributo com votos para que a PSP faça mais e melhor....
No Verão de 2002, pela meia-noite, regressava da Maia em direcção a Santo Espírito, como se sabe uma estrada algo complicada. Bem, eis quando vem na minha direcção um carro totalmente descontrolado, certamente a mais de 80 km à hora ( a descer a Maia!!!). No último segundo virei para o muro mas não evitei um toque que me arrancou o espelho retrovisor, ofereceu vários riscos na pintura e um susto. O pior viria depois: um carro com cinco jovens totalmente alcoolizados, de garrafas de cerveja e whisky na mão, em festa, apresentando-se um deles como sacerdote na ilha, o que ainda hoje não acredito. Não sendo propriamente conservadores, eu e a minha esposa, ficamos literalmente «a rezar» para que a polícia e os tribunais tenham coragem de tirar estes criminosos da estrada.
Não é contra o beber, é contra o conduzir embriagado e em impunidade!

sexta-feira, janeiro 09, 2004

Temas rápidos sobre Santa Maria. Exageros ?

Negativos:

A irrelevância dos políticos locais na angariação de influências para Santa Maria.
O caciquismo quase jacobino como escola de sucesso político e económico.
Critérios na feitura das obras públicas ( um mistério).
Qualidade da água ( outro mistério).
Ligações com o exterior. Sempre o mesmo. Os mais estranhos horários, especialmente nas ligações marítimas de Verão.
O Verão. É sempre a mesma conversa, mas ganhará Santa Maria com a invasão massificada, «agostiana», da classe média baixa de São Miguel ?
Iniciativa privada ? Esperam pelo Governo ? Pelo favor ? O jeito ?
Serviços médicos. Nada muda ? Diagnósticos pelo telefone ?
Preços aos consumidores. Os transportes não justificam tudo. A vida em Santa Maria é cara. Talvez das mais dispendiosas em Portugal.
Oposição a dias. Desconhecida. Ocupa-se da estética dos muros escolares ? E o resto ?
O jornal Baluarte como o mais socialista dos jornais socialistas que são conhecidos na galáxia em que vivemos ( e eu leio sempre o Baluarte e até sou de esquerda, mas aquilo é demais!)

Positivos:
A melhor ilha do mundo e, bem vistas as coisas, tudo se resolve.
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Os exilados de Santa Maria, a idade. Turistas.


36 anos. Leio estes ilustres blogs ( blogues?) marienses e reconheço que só conheço dois ou três dos seus autores.
Passeio nas ruas de Vila do Porto ( que são minhas como se sabe) e quase não conheço ninguém. Quem são estas pessoas ?
Na praia confundem-me com um qualquer japonês. Um primo distante diz que não, que é canadiano ou americano. Suspeitam que serei turista. É a idade a não perdoar.
Da minha primeira classe ( na melhor escola primária de Vila do Porto) não sei de mais de metade dos meus ilustres colegas. Onde andam ? Serão turistas ? Estarão a caminho ?
Pelos vistos o programa "Saudosismos" transmitido ontem no Asas teve o seu efeito, pelo menos a julgar pelo aparecimento de novos Blogues e bloguistas - Benvindos aos novos.
Contudo, a forma de não banalizar a blogosfera será, com diz o Nuno e bem, dando-se a conhecerem.`
É, sem duvida, muito mais interessante trocar ideias, discuti-las, discordar, opinar, enfim... botarfaladura com um interlocutor que se conheça, até por uma questão de respeito.
Ah, e já agora, tentem manter uma certa assiduidade, se possivel.
Parabéns Nuno.
Pelo adiantado da hora ainda não te foi comunicado, mas nas realidade és o pai de mais um blog cagarro.
Foi baptizado com o nome de VaiPorMim.
Como a criança foi concebida durante o programa "Saudosismos", terá vários padrinhos: o Toni, o Caveirex, o ET, o Ricardo e eu próprio.
Mais uma vez, Parabéns...compadre.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Estou a ver que estes Bloguistas Marienses trabalham até tarde... ou não fôssemos nós cagarros.
Aproveito esta minha "posta" para corroborar da ideia do Tó João, de que temos que ser nós os "donos" do nosso destino.
Há que deixar de andar a reboque dos outros e tomar as rédeas do futuro da Ilha.
Concordo, e sempre defendi, que há que potênciar aquilo que é verdadeiramente nosso, que nos identifica e ao mesmo tempo nos distingue.
Aproveito também para cumprimentar o Toni, recém chegado a este forum, e pelo excelente "post" apresentado.
Espero que a Blogosfera funcione como motor de arranque para uma discussão, séria e profunda, dos problemas da Ilha, trazendo soluções, ideias, e contributos para tal.
Só depende de nós !

Já cá estou também!
Este agradável serão a falar de blogs e daquilo que nos leva a criar e manter um espaço como este, convenceu-me decisivamente a, finalmente, vir aqui cumprimentar os “olhometristas”… e os “olhometrados”, igualmente.
Já foram aqui apresentadas algumas questões pelo Nuno Barata, Paulo Parece e pelo AJC que me interessam bastante. No entanto, e porque hoje (ontem) estivemos a gravar o programa sobre a blogósfera mariense e não só, no Asas do Atlântico, venho expor 1 ou 2 pontos sobre aquele clube - “a mais importante instituição privada de Santa Maria e uma das mais conceituadas nos Açores e no País”( # posted by fogotabrase - Sexta-feira, Dezembro 26, 2003)

Em primeiro lugar, gostaria de lamentar que Santa Maria tenha deixado fugir a “potência” que a frequência 1566 dava à nossa ilha, pois, permitia que as simpaticíssimas “bacoradas” do António Valente chegassem às Flores, o que nos dava uma dimensão realmente atlântica e pan-azorica.
Mas, principalmente quero felicitar estas últimas direcções do clube pelo esforço, dedicação e sucesso na reconstrução das estruturas físicas e financeiras do clube. No entanto, gostaria de apelar para que não permitam que este esforço em realizar obra que tardou em ser feita no passado, vos impeça de ser ambiciosos e audaciosos no presente.
Na realidade, Santa Maria reserva para Clube Asas do Atlântico um papel importante na sociedade mariense através da sua rádio, das actividades culturais e do desporto. A qualidade e a amplitude das consequências desta função social na sociedade mariense será reflectida propocionalmente à pertinência e eficácia das acções do Clube Asas do Atlântico.
ps. Voltarei ao assunto.
"azormonteiro"
Modas e provincianismo

É verdade Paulo Henrique, Santa Maria ao longo dos últimos trinta anos ainda espera. E é nesse esperar que ficamos sem saber se é fatalidade ou se são vícios humanos.

Vejo que muitas vezes a ilha é vítima das modas, sem liderar o processo de escolha, das opções.
Por exemplo: se temos autarcas açorianos a reclamarem por marinas, sei que alguns meses depois as forças políticas da ilha vão pedir uma marina. Se temos campos de golfe em projecto nas outras ilhas, é certo e sabido que também se irá exigir a mesma coisa. Existe um fenómeno de imitação. Não digo que está errado o golfe ou a marina, mas percebe-se que são imposições do exterior, provavelmente de moda, sem critérios ou pressupostos.

Acredito, assim, que Santa Maria tem características próprias e que para inovar terá de abandonar o provincianismo ainda reinante. Provincianismo de vários dos seus legítimos representantes.

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar o Tó João e o Barata pelos excelentes"posts" com que nos tem brindado e que deverão ser objecto de reflexão e discussão pela sua actualidade e pertinência. De facto, à muito que Santa Maria necessita de um sério debate de ideias, e de um abanão nas mentalidades que creio, poderá ser iniciado neste forum.
A verdade é que ainda hoje Santa Maria continua à espera do "messias" que possa resolver todos os problemas e proporcionar um melhor futuro. Foi assim no passado e continua a ser no presente. O caso Covaneiro é talvez o mais emblemático pelas proporções que tomou; tirando o facto de se tratar de um esquema de burla, o certo é que na sua essência o projecto era de tal forma abrangente que revitalizaria todos sectores de actividade da Ilha. Actualmente são os chamados "Projectos Integrados de Desenvolvimento" de que os politicos tanto gostam de referiri e apregoar.
E Santa Maria continua à espera...
Da iniciativa privada, poucos são os projectos e quando os há..." é ave a abater. Quer bater asas sozinho! Nem pensar! "
Do poder local: Nada! um autentico deserto de ideias e acções.
Eu vivo cá, e também "não entendo o fascínio eleitoral de tanta incompetência. Preguiça ?"
Tal como à trinta anos os Marienses continuam a viver numa passividade total, continuando à espera de um "D. Sebastião" que teima em surgir do nevoeiro .
"botafaladura"


Filmes que vi e recomendo

Foi a ver cinema no velho Cine-Baptista ( agora um supermercado), de Vila do Porto, que sabia quem eram os maus e os heróis. Foi no Cinema do aeroporto que vi os refúgios de todas as eternidades.


terça-feira, janeiro 06, 2004

Algumas notas. Ainda sobre o poder político em Santa Maria. Memórias do Covaneiro

Existe o culto da reverência, uma certa veneração ao poder, como chave milagrosa para quase tudo. E a ironia é que por vezes, com a pobreza cultural que temos, é mesmo o poder político que resolve ou tenta resolver as coisas. Esta intervenção na justiça que assistimos nos últimos tempos, é um bom exemplo. Concordo, pois, com o Nuno Barata, a questão não é só de Santa Maria. Só que em Santa Maria, tem um cheiro mais acutilante.

Por vezes fala-se nas consequências do salazarismo e esquece-se que é nesta ausência de sociedade civil que reside esta menoridade cultural. O nosso povo fica à espera, talvez à espera dos milagreiros.

Referi o Covaneiro como modelo. Para quem não se lembra, o Covaneiro foi um vendedor de banha da cobra que apareceu em Santa Maria nos anos setenta. Ia revolucionar a ilha, produzir, desenvolver e sobretudo industrializar.
Covaneiro apresentava-se como doutorado em várias coisas, sendo especialista em acções mobiliárias populares. Em poucos dias já tinha celebrado contratos promessa com metade da ilha. Comprava tudo, por coincidência a crédito. Lembro-me que a minha avó Sofia, ainda lhe tentou impingir a Friagem ( hoje BCA), mas sem sucesso.
A loja do senhor Victor Cordeiro ( hoje Caixa Geral de Depósitos) era a sede, tendo um letreiro gigante que dizia qualquer coisa como «Urbiprojecta». Todos na ilha o queriam o conhecer, apertar a mão, ser seu amigo. A única coisa estranha, talvez suspeita, é que as pessoas de Santa Maria tinham de comprar uns títulos das empresas (futuras) do Covaneiro. Grande investimento, diziam alguns.
Bem, como se percebe, um dia o Covaneiro desapareceu, quase tão de repente como tinha aparecido e dos títulos da riqueza, das acções, ficou o que se sabe.
Como este mundo é feito de coincidências, outro dia, fiquei a saber que Covaneiro está vivo e cheio de projectos. Presumo, pois, que a Câmara Municipal de Vila do Porto, naquele seu estilo habitual, já deverá ter preparado uma recepção condigna, talvez um estudo feito por alguma empresa de consultadoria internacional...Uma homenagem ?
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Sobre o poder político em Santa Maria
(ideias e dúvidas não definitivas, prematuramente provocatórias):

1) Criou-se a mistificação de uma certa participação democrática: o PS, mesmo se apresentar um asnático com propostas labregas (expressão que em Santa Maria não é tão pejorativa como parece), dá a sensação que ganha sempre. Os velhos ódios da «política aérea» contra João Bosco ( eu assisti à sova com o guarda-chuva!) ficaram de tal maneira enraizados que o PS, mesmo se etilizado programaticamente, esmaga. O que desejo dizer é que o «velho» PS mariense era mais bem preparado culturalmente e não teve muito sucesso eleitoral. A geração «socialista» mariense dos últimos anos é o que se vê e ganha. E o actual PS cheira a mofo, como se sabe, sem grande renovação.

2) A oposição fica a meio caminho. Não se reconhece com uma cara vencedora, apresentando tiques de algumas culpas pelo passado nada famoso em torno da defesa da ilha. Ao longo dos anos foi perdendo chama e não se empenhou naquilo em que o poder socialista mais falhou em Santa Maria: uma visão cultural onde se apostasse no desenvolvimento económico da ilha através da iniciativa privada e não com os velhos expedientes do favor, conhecimento, do jeito.

3) Por vezes vejo alguns ( sobretudo os mais veteranos) políticos da minha ilha actuando no que designo como o estilo político género «Covaneiro, fazemos tudo, desde que nos eleja». Vejo nada. Como vivo fora não entendo o fascínio eleitoral de tanta incompetência. Preguiça ?
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segunda-feira, janeiro 05, 2004

AJC é da responsabilidade da máquina, mas é simpático e lembra uma qualquer marca de DVDS em Tóquio. O A é de António, o J de João e o C de Correia. Prometo escrever muito sobre Santa Maria, pois existe até quem diga que eu não sei fazer outra coisa...
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domingo, janeiro 04, 2004

Ilustres conterrâneos,

Cheguei por acidente de pesquisa ao vosso «blog» ( parabéns por esta iniciativa !).

Como sou um produto de Santa Maria, ainda que exilado, atrevo-me a enviar alguns comentários, obviamente pessoais.

Vejo a «minha» ilha como o produto sentimental de uma melancolia assustadora e lido com as memórias da minha infância mariense, como se lidasse com a ilha em forma humana. Quanto tento criar personagens de ficção, todas elas nasceram ou morreram entre as ruas Dr. Luís Bettencourt e Teófilo Braga. É, Santa Maria exerce um fascínio absoluto, como se fosse a extensão da memória, das colectâneas dos afectos. É uma ligação que conheço em outras pessoas, como se esta ilha viciasse os comportamentos na percepção das coisas. Santa Maria é, pois, a verdadeira ilha dos poetas e dos seus leitores.

Não gosto do modelo de desenvolvimento de Santa Maria.

Algures entre os compadres partidários dos copos, espertos de ocasião, aventureiros com visão subsidiada, zonas francas patéticas, invasões de mochilas às costas, fumadores de charros com sandálias pretas de peúgas brancas e ultimamente foguetões virtuais, fica a sensação que se continua a viver à espera de um «Godot» que resolverá as questões da ilha por milagre ou em situação de urgência, por decreto. Não percebo a razão pela qual não são as pessoas de Santa Maria e os que lá vivem a liderarem o seu destino, com qualidade e sobretudo com uma ideia de modernidade que não obedeça ao modelo «pimba» em vigor, tão do agrado da maior parte dos nossos autarcas e governantes.

sexta-feira, janeiro 02, 2004

Era grande a minha espectativa, a julgar pelo que me tinham dito, acerca do fogo de artificio da passagem de ano. Disseram-me - fontes bem colocadas - que este ano seria o dobro do "fogo" e que seria um espectaculo de arromba, mas afinal "a montanha pariu um rato", ou melhor o Pico do Facho é que o pariu !
E não sou só eu a pensar assim, pelo que tenho ouvido e me apercebido, parece que todos acharam o mesmo.
Parece mesmo que já nem "fogo de vista" consegue convencer os Marienses!
Como não somos "tolos", não nos enganam nem com papas nem com bolos.
O mesmo é dizer, que mesmo sendo socialistas não se lhes tapam as vistas!